ESTADO NOVO
O Estado Novo foi o regime político autoritário, autocrata e corporativista de Estado que vigorou em Portugal durante 41 anos ininterruptos, desde a aprovação da Constituição de 1933 até ao seu derrube pela Revolução de 25 de Abril de 1974.
A Censura
A censura (quando Marcelo Caetano assumiu o poder passou a designar-se Exame Prévio) tinha a seu cargo o controle de toda a produção cultural de forma a negar ao povo português a liberdade de expressão. A censura vigiava a imprensa, o cinema, a música, a rádio e a televisão. Quando se inspeccionava a produção cultural esta podia ser aprovada, quando a informação não continha elementos que poderiam colocar em causa o Estado Novo, aprovada mas com cortes, cortavam-se as palavras ou frases com as quais não se concordava, ou não aprovada. Neste caso, a informação não era publicada porque se considerava conter dados que poderiam colocar em causa o regime político vigente. A censura «visava assuntos políticos, militares, morais, religiosos, bem como qualquer notícia que pusesse em causa as normas de conduta vigentes, ou que relatasse perturbações de qualquer ordem no estrangeiro. Nenhuma palavra ou imagem podia ser difundida sem a aprovação prévia da censura. Os livros considerados subversivos, em termos políticos, morais ou religiosos, eram proibidos e retirados do mercado, podendo os seus autores e editores ficarem sujeitos a castigos. Desta forma, mantinha-se na ignorância uma população já de si pouco habituada à informação devido à elevada taxa de analfabetismo» (1).
(1) Avelino Ribeiro, Olívia Soares, Caminhos da História 12, vol.1, Porto, Edições Asa, 2005, p. 150.
Vídeos RTP Ensina sobre o tema:
Censura prévia, a mordaça que o Estado Novo criou
A censura prévia vigorou durante o período do Estado Novo, sendo
abolida com o 25 de Abril.
Vídeo RTP Ensina: https://ensina.rtp.pt/artigo/censura-previa-a-mordaca-que-o-estado-novo-criou/