ESTADO NOVO
O Estado Novo foi o regime político autoritário, autocrata e corporativista de Estado que vigorou em Portugal durante 41 anos ininterruptos, desde a aprovação da Constituição de 1933 até ao seu derrube pela Revolução de 25 de Abril de 1974.
Guerra colonial
As colónias desempenharam um papel fulcral na política de Salazar, não só a nível económico como a nível político. As colónias possuíam matérias-primas (café, sisal, algodão, minérios) que serviam para abastecer a indústria nacional e funcionavam como mercados de escoamento de produtos agrícolas e industriais. Como é fácil concluir as colónias foram um fator, extremamente, importante na política de nacionalismo económico.
A partir do final da 2.ª Guerra Mundial, as potências vencedoras estabeleceram na Carta das Nações Unidas o princípio do direito aos povos à autodeterminação ou seja o direito à independência. As potências coloniais europeias: Inglaterra, França, Holanda, Bélgica, concederam, aos poucos, a independência às suas colónias. Portugal, contudo, tomou uma atitude diferente. Salazar entendia que as possessões portuguesas faziam parte integrante de Portugal. Na verdade, segundo a revisão constitucional de 1951, as colónias eram consideradas províncias ultramarinas, por isso não precisavam de se tornar independentes. Esta posição política era defendida pelo regime, que considerava Portugal um país pluricontinental e multirracial que se estendia, como então se afirmava, «do Minho a Timor». Todavia, esta posição não conseguiu ser aceite internacionalmente. Quando, em 1955, Portugal se torna membro da ONU (Organização das Nações Unidas), foi convidado a conceder a autonomia às suas colónias mas o convite foi, prontamente, recusado por Oliveira Salazar. Salazar acabou por sofrer as consequências da sua intransigência. No ano de 1961, a União Indiana invadiu e anexou Goa, Damão e Diu. Portugal perdia assim as suas colónias na Ásia.
Em África, as colónias responderam também à inflexibilidade do chefe do Estado português pois formaram-se movimentos armados de luta pela independência de Angola (a guerra iniciou-se no ano de 1961. Movimentos de luta pela independência: MPLA - Movimento Popular de Libertação de Angola, FNLA - Frente Nacional de Libertação de Angola e UNITA - União para a Independência Total de Angola), Guiné (a guerra teve o seu início no ano de 1963. Movimento de luta pela independência: PAIGC - Partido Africano para Independência da Guiné e Cabo Verde) e Moçambique (a guerra iniciou-se no ano de 1964. Movimento de luta pela independência: FRELIMO - Frente de Libertação de Moçambique). Estes movimentos conduziram a uma guerra contra os portugueses. Esta guerra durou 13 anos e provocou milhares de mortos e feridos e elevadas despesas com a manutenção deste conflito militar.
A partir do final da 2.ª Guerra Mundial, as potências vencedoras estabeleceram na Carta das Nações Unidas o princípio do direito aos povos à autodeterminação ou seja o direito à independência. As potências coloniais europeias: Inglaterra, França, Holanda, Bélgica, concederam, aos poucos, a independência às suas colónias. Portugal, contudo, tomou uma atitude diferente. Salazar entendia que as possessões portuguesas faziam parte integrante de Portugal. Na verdade, segundo a revisão constitucional de 1951, as colónias eram consideradas províncias ultramarinas, por isso não precisavam de se tornar independentes. Esta posição política era defendida pelo regime, que considerava Portugal um país pluricontinental e multirracial que se estendia, como então se afirmava, «do Minho a Timor». Todavia, esta posição não conseguiu ser aceite internacionalmente. Quando, em 1955, Portugal se torna membro da ONU (Organização das Nações Unidas), foi convidado a conceder a autonomia às suas colónias mas o convite foi, prontamente, recusado por Oliveira Salazar. Salazar acabou por sofrer as consequências da sua intransigência. No ano de 1961, a União Indiana invadiu e anexou Goa, Damão e Diu. Portugal perdia assim as suas colónias na Ásia.
Em África, as colónias responderam também à inflexibilidade do chefe do Estado português pois formaram-se movimentos armados de luta pela independência de Angola (a guerra iniciou-se no ano de 1961. Movimentos de luta pela independência: MPLA - Movimento Popular de Libertação de Angola, FNLA - Frente Nacional de Libertação de Angola e UNITA - União para a Independência Total de Angola), Guiné (a guerra teve o seu início no ano de 1963. Movimento de luta pela independência: PAIGC - Partido Africano para Independência da Guiné e Cabo Verde) e Moçambique (a guerra iniciou-se no ano de 1964. Movimento de luta pela independência: FRELIMO - Frente de Libertação de Moçambique). Estes movimentos conduziram a uma guerra contra os portugueses. Esta guerra durou 13 anos e provocou milhares de mortos e feridos e elevadas despesas com a manutenção deste conflito militar.
Vídeos RTP Ensina sobre o tema:
O desvio do Santa Maria e o princípio da Guerra do Ultramar
1961 foi um ano marcante para a história do Estado Novo no nosso país. O navio Santa Maria é desviado por um comando em alto mar e em Angola acontecem os primeiros ataques em grande escala contra o colonialismo português.
Vídeo RTP Ensina: https://ensina.rtp.pt/artigo/desvio-santa-maria-principio-guerra-ultramar/